A história da mesa

A história da mesa

Quando estive na casa da minha sogra, achei por lá o esqueleto do que um dia foi uma mesa. Era uma daquelas pequenas talvez usada como apoio. Trouxe-a para minha “oficina” a fim de dar um trato. Planejei um tampão em madeira rustica, pois a dias estou tentando me livrar um amontoado de paus que achei por minhas andanças e que poderia, um dia, fazer alguma coisa com eles.

O tampo teria oitenta por quarenta e quatro. A divisória trinta e seis por setenta e nove. Deu um belo trabalho, mas ainda falta finalização. Reabri minha lata de verniz, a muito esquecida debaixo da bancada. Descobri uma bucha, parecida com palha de acho, que limpa a madeira revelando os desenhos nela contidos.

Quando perguntei para dona Dina, minha sogra, o que ela iria fazer com aquela mesa, ela me disse que, como não a viu mais por lá, achava que alguém já teria dado sumiço nela, foi quando lhe falei que surrupiei a dita cuja.

Acho que o trabalho me tomou o sábado. Lembro-me de termos almoçado arroz com carne e que depois do almoço fui acordado pelo meu filho me pedindo para levá-lo ao shopping. Combinamos que, por ser dia de missa, iria buscá-lo às dezoito.

Na missa pude ver que a igreja está preparada para os festejos do padroeiro. São várias tendas e um palco onde, a partir de segunda, haverá shows todos os dias para abrilhantar a quermesse. Como doação prometi o trigo que o padre pediu.
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