Composição que concorreu na 31° Noite Nacional da Poesia. Homenagem a minha professora de Língua Portuguesa e Artes, em 1977, 78 e 79, professora Márcia Bahia, na EM “Nelson de Souza Pinheiro”. Em “para Glauce aplaudir” foi o palco onde se realizou o Festival de artes da REME, com trilha sonora de Ney Matogrosso. No dia das mães me apresentei ao lado de Gilberto Larson contanto “Eu não quero mais pipino”. Me reencontrei com a professora DEPOS de 42 anos.
Ele foi de uma escola
Em que a Bahia ensinava.
No vermelho das notas, correções a fazer.
Resultava o rascunho de vindouro escritor.
A lixeira guardava os papéis amassados,
De seus versos tentados.
Produzia uma escrita de predicado sujeito
Sem objeto direto de valor estimado.
Ele gostou de “Para gostar de ler”.
Com a Bahia em sala, era arte na certa.
O silêncio da sala era um Cálice
Que a sonata tocava.
Ele empunhava fantoches que nunca mais retirou.
Em 1977 foi o ano da criação do seu estado da arte
E nele Matogrosso cantou, que um índio desceria
no coração da América do sul,
Em um Campo Grande,
Para Glauce aplaudir.
Em 1977, a dupla sertaneja não queria mais pepino
No dia das mães.
Foi passando de ano e de escola trocou.
A Bahia ficou e o poeta se foi.
E neste tempo passado,
Redigiu histórias de argumentos sem notas
e no rodapé escreveu que a pena valeu!
No reencontro marcado a cobrança se deu:
Cadê seu caderno menino crescido?
Vai dizer que esqueceu!
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