PAPAI NOEL, QUASE HEIN!

PAPAI NOEL, QUASE HEIN!
Aloízio de Oliveira
Papai Noel é nome de um bom velhinho, barrigudo, cabelos e barbas brancas, casaco vermelho pomponado de branco nas bordas, que surge na véspera do Natal com um saco de presentes para os bem-comportados e entra pela chaminé da casa do(s) beneficiado(s). Próximo a data crianças enviam cartas endereçadas a ele com pedidos de presentes, que serão deixados embaixo da árvore na noite de Natal. Esta história acontece todos os anos, até para os mais incrédulos.
De tanto ouvir uma história contrária e duvidando da veracidade da que a que seus pais lhe contavam, um menino muito esperto e conhecedor das tecnologias quis passar esta história a limpo. É certo que por via das dúvidas não deixou de escrever uma cartinha com pedidos e enviar pela caixa de correios que, como sempre, foi levada pelo bom velhinho. O que seria verdade e o que seria mentira?
Naquela noite instalou, estrategicamente aos pés da árvore de Natal, o seu celular no modo câmera/vídeo para obter as imagens que comprovariam a verdadeira história. Depois da ceia, do “Feliz Natal”, da revelação do amigo oculto e da abertura dos eventuais presentes, despediu-se das visitas e parentes e antes de ir dormir… apertou play na câmera, o resto foi só esperar amanhecer e recolher os presentes: os da cartinha e o da câmera.
Naquela manhã não deu outra, lá estavam os presentes solicitados na cartinha. Que foi o Papai Noel quem havia entregue os presentes não duvidava, mas como conseguiu fazer aquilo? A resposta estaria no filme.
O (Pa)pai do menino convicto de ter feito as vezes do bom velhinho, foi surpreendido pela façanha do filho: -“E agora como justificar as imagens?” Tentou desencorajar o menino dizendo que os presentes já estavam ali e que… o resto não importava, mas o menino nem deu ouvidos. Depois de apertar o play começou a analisar as imagens e narrar ao desesperado pai, que ouvia a tudo calado.
“-Está muito escuro, só dá para observar o pisca-pisca!” o menino começo sua narrativa.
“-Opa! As luzes se acenderam! ” continuou ele, “-Dá para ver um vulto, está se aproximando, não está de vermelho, é barrigudo, usa óculos, mexe no saco e nem todos os seus cabelos são brancos”.
“- A árvore está balançando, ele mexe de novo no saco, desta vez no de brinquedos”. A narrativa continuava com a atenção redobrada do pai.
“-Dá para ouvir um resmungado do vulto enquanto acomoda os pacotes, ele está dizendo: Miiiiguel, Pedro Henriiiiiiique e Laura, pronto! Rou, rou rooou, feliiiiz Natal”. O menino achou muito familiar a voz, mas continuou a análise, estava querendo saber outra coisa.
“-Deu para ver o rosto dele?” Perguntou o pai empalidecido.
“-Não, só o vulto! ”
“-Agora ele está se afastando… a luz se apagou… como é que ele sabe acender a luz?”
Outra verdade não mostrada no vídeo foi sua entrada/saída triunfal pela chaminé.

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