A cada três meses retorno ao Urologista. Se mal me lembro, faço isso desde antes dos meus quarenta anos. Fiz cirurgia para extrair a próstata e tratar um câncer, em maio de 2019. Três meses depois, no primeiro exame de PSA, os índices foram zero, ou seja, eu não tinha mais tecido prostático. Já os últimos os índices estão aumentando.
Hoje retornei ao Urologista. Como já estava acompanhando a evolução, comentei com ele que as coisas não estavam bem. Ele me disse que aqueles valores são indicativos de crescimento de tecido prostático, só não pode me afirmar que se tratava de células cancerosas ou não. Na consulta anterior, ele me advertiu que se as coisas continuassem daquela forma, teríamos que pensar em um tratamento radioterápico. Sugeriu que eu levasse o caso ao oncologista.
Da consulta que tive com o Onco, ele me recomendou um exame de tomografia computadorizada por emissão de pósitrons, um PET Scan, só que específico para tecido prostático, o PSmA. Os resultados não acusaram emissão radiaoativa, ou seja, não havia tecido canceroso ou a quantidade não era suficiente para ser detectada. A segunda suspeita foi unanimidade entre os dois médicos.
O exame do PSA, Antígeno Prostático Específico, é bem específico para identificar uma enzima produzida pelas células da próstata. Se tem PSA, tem células prostáticas o que, no meu caso, indica recidiva da doença. Apesar da cirurgia radical, resíduos podem ter ficado e com o passar do tempo despertaram para crescer novamente. Outra forma de reaparecimento destas células é através de metástase, antes da cirurgia, mas como fiz uma cintilografia óssea e não apareceu nada, poderíamos descartar esta possibilidade.
Tenho que retornar ao Uro em três meses para novos exames de PSA. Enquanto isso: vida que segue!