Hoje, um belo sábado não letivo, o corre-corre, seria abreviado. O meu menino, Miguel, não teria Aula de Desenho às 08:00 horas, mas nem por isso fiquei enrolando na cama.
O pedreiro chegou cedo, tive que abrir-lhe o portão, já pronto, de café tomado. Tomar café cedo é um dos prazeres que não abro mão. Sou eu mesmo quem prepara tudo, tenho sorte de todos os dias sentir seu aroma misturado com a penumbra do dia amanhecendo, e o cantar de um galo vindo do vizinho bem ao lado da janela da cozinha.
Teria outras atividades que, depois de relacioná-las em minha cadernetinha e avisar a patroa que já voltaria, fui fazer minha Via Sacra. Imprimir os convites do aniversário de quinze anos da nossa afilhada Gabrielli, comprar a fita para amarra-los e trazer mais cartolina para os envelopes, comprar a mangueira metálica do fogão novo da minha sogra, comprar a válvula desviadora, a mangueirinha e o chuveirinho do chuveiro do nosso banheiro, comprar um pacote de frauda descartável M para a patroa levar em um chá de fraudas, foram algumas anotações feitas para aquela manhã.
A impressão dos convites fiz na Só Cópias, tive sorte, estava vazia. Na véspera, quando tentei imprimir no mesmo local, não consegui, estava lotada e para chegar minha senha ainda faltavam vinte, com atendimentos de no mínimo quinze minutos. Hoje, quando fui atendido, fui direto ao ponto: quero uma impressão assim assado; preciso de vinte e cinco, mas pode imprimir uns trinta; corta em 15 x 15 cm; quanto é? Sorte da senha posterior, pois fui atendido em menos de cinco minutos.
A fita para amarrar os envelopes dos convites fui procurar no São Gonçalo. Fui atendido prontamente, opções não me faltaram, que sorte, encontrei na primeira busca, pedi logo uns dez metros e fui para o caixa.
– Dona Dina, já comprou a mangueira metálica? Perguntei para a minha sogra, ao celular, sobre a mangueira do gás para o fogão novo de seis bocas. Como ela me disse que ainda não yinha comprado, falei para deixar que eu a compraria.
Bem próximo da São Gonçalo tem a Central Dos Fogões, onde vende tudo para fogões, inclusive mangueira metálica de 1,80 metros com as ponteiras adaptadoras, que sorte, só faltou ter menor preço. Mais um “X” nos meus apontamentos.
Válvula desviadora é aquela que quando instalada ao pé do chuveiro abre uma saída a mais para acoplar um chuveirinho na ponta de uma mangueirinha de 1,8 metros. Lembrei-me de uma loja especializada, localizada na subida da rua Treze de maio, no Monte Líbano. Onde achei que estava bem perto, mas não tinha visto alguma fachada parecida, parei e consultei o celular. Nenhum resultado na busca. Hidra Center só aquela da Maria Coelho, onde eu já havia procurado e não encontrado a Válvula desviadora. Observando mais atentamente a redondeza, onde me encontrava, deparei-me com uma loja da Lorenzetti, que sorte! Achei a válvula, a mangueira e o chuveirinho! Pensei comigo.
-Tem! mas acabou. Me disse o vendedor. Talvez na Multicasa. Me informou apontando com o braço, para seguir a treze.
Na MultiCasa tem sempre um vendedor à sua disposição, se não tiver, uma jovem voz anuncia no sistema de som, chamando um deles, que logo aparece, que sorte!
-Tem…
Tinha, só faltava a mangueirinha de 1,80. Tinha a de 1,20. Levei o que tinha, a mangueira eu sabia onde encontrar. Seria naquela Hidra Center. Aproveitei a pipoca de cortesia.
Fui riscando da cadernetinha os itens cumpridos. Faltava a cartolina e a frauda.
Na ArtTécnica não tive demora. Eu já sabia o que queria, a quantidade, a prateleira onde estava e o valor. Estou lá todo sábado ou para levar o filho no seu curso de desenho ao para prestigiar o Espaço cultural Chico Xavier.
Partiu Hydra Center!
No meio do caminho o celular chamou, era a patroa, informando que o senhor Senhor que faz o monitoramento da cerca elétrica estava em casa e perguntou se eu ia me demorar.
– Só falta a frauda, daqui a pouco estou por aí.
Ela também me disse que a Lila, uma de nossas cadelinhas tinha caído no buraco onde será instalada uma piscina e que meu filho teve que descer e heroicamente retirar, com todo cuidado a desastrada da cadelinha, que agora caminha com dificuldade. Se ela não melhorar vou ter que levá-la ao veterinário.
Na Drogasil da Júlio, fui comprar a frauda, que tinha que ser M da Pampers, Huggies ou Cremer. Lá também encontrei o Dr. Valdinei, nosso dentista. Dissemos como estávamos, me deu o seu novo endereço, para caso precisar e olha que quando eu precisei foi em um domingo à noite e ele me atendeu, que sorte.
Encontrei também o Marcelão, meu primo, que voltou a morar no Parque dos Ipês, depois de vinte e cinco anos rodando o Brasil. Ao apresentá-lo ao Dr. Valdinei, eles logo encontraram um conhecido em comum, o Capivara. O Marcelão é Agrônomo, como o irmão do Valdinei, o Capivara.
Com isto fechei a manhã.
O dia ainda reservava uma tarde e uma noite.
Os pedreiros continuaram a obra pela tarde à dentro. Corte de piso com Makita e sinônimo de muito pó. Instalação de painel de madeira e preparação de parede para instalação da Mandala.
A patroa e a filha foram ao chá de fraudas e o Filho à Catequese. Depois fomos à casa da Dona Dina, deixar as crianças aos seus cuidados, antes de irmos ao Atacadão.
Para ir ao Atacadão a melhor coisa que existe é uma lista de compras anotada na famigerada cadernetinha. Como já somos clientes da loja a lista é organizada iniciando-se na cerveja terminando no Yakuti. A fila do caixa é um detalhe, por sorte, apesar de ser início do mês, ela estava pequena e a atendente era eficiente.
Depois de tudo guardado, retornamos à casa da Dona Dina, onde havíamos deixados as crianças. Aproveitei para instalar a mangueira metálica em seu fogão novo e uma prateleira para o micro-ondas novo.
Acho que fiz a maior parte do meu planejamento, que sorte!