Bem cedo caminhas por onde o escuro se abriga e o sombrio ambiente se abre ao que a noite exigiu. Que a escuridão e o silencio, que lhe foram propicio, reconforte e amenize, mas lhe seja sucinto. Não se deixe calar pela lei do silêncio que a casa guardou em oito horas de sonhos. Que a clareza realize estes planos sonhados e destrave as portas guardadas, deixando que a clara visão deste dia tome um destino esperado. Lá fora o barulho, o vento e a tempo te aguardam. Não negue ao sol, e sua radiação, o espalhamento energético que as fechaduras de chaves já postas lhe impede de entrar. Mas alguém entrará em macios pisares e os silêncios dos pés encontrão os seus, firmes fincados em anos morados. Que o endereçado imóvel, troque o ar das fragrâncias sintéticas pelo da terra molhada e que o soprar desta brisa faça teus sinos tocarem. Sinta que as plantas refletem as gotas e endureceram levantadas poeiras passageiras. Avisaram que o mundo é revolto e os sedimentos, sossegos. A próxima atração que a rádio anuncia lhe toca. É a frequência acertada de um crescimento contido. Já está na hora certa.
UM NOVO AMANHECER
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