Cortei um pé de Jatobá

Cortei um pé de Jatobá

Da Série “As cagadas que eu fiz”

Ele era frondoso, enorme, galhudo e imponente, só não devia estar onde eu resolvi construir a casa. Posturas corretas, ambientalmente falando, ainda não era o meu forte. Ficava bem na divisa dos lotes. Era um jatobá, que já estava por ali há uns cem anos antes de eu chegar e combinar o preço com o “corto árvores”. Cortar era um preço e para levar, mais um pouco. Pedi uns troncos para ver se faria enfeite, mas só ficou como sujeira. Um dia resolvi e coloquei em uma caçamba. Só me deu trabalho.

Na forquilha maior ficava um cupinzeiro, que já havia consumido uns pares de litros de cupinicida, que nem fez “cosca”. Se chegasse ao madeiramento do telhado: bau-bau! E nos armários que o Netão tinha feito?

Em questão de segurança, o tronco seria um convite para ladrão, além de desfolhar e fazer aquela sujeira pelo quintal todo. Você não vai ter quintal limpo! Nem sombra. Era um jatobazão!

Meio dia de serviço e a galhada estava embarcada. Anos depois recebi uma semente do coronel Chico Mineiro. Semeei, brotou, cresceu até bom porte. Plantei na área da aeronáutica que fica ali pertinho. É visível para quem passa pela Duque. Daqui a uns cem anos outra motosserra entra em ação. Eu não estarei mais por aqui. E se não cortarem o jatobazinho ainda vai fazer sombra para muita gente.

O lugar onde plantei é propício para o cultivo de uma árvore de grande porte, até chegar um loteamento.

Quando me mudei para lá, o terreno já era da família há quase quarenta anos e o Jatobá já estava me esperando. Me ofereceu sua sombra e algumas vagens e eu…

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