CARTA DE AGRADECIMENTO A EX-GOVERNADOR
Aloízio de Oliveira
Vimos por meio desta agradecer-lhe, com estas singelas palavras, o muito que construiu, neste Estado e por tê-lo deixado neste estado, com suas obras, bem concretas e abstratas.
Agradecemos por se entregar à vida pública em detrimento à privada, onde muito do que fez ficou demonstrado. Ao seu modo de operar a administração indo desde a falta de educação, passando pela infraestrutura indo parar no lixo. Sua forma de decidir sobre o modo de como se empregar o dinheiro público, através do lançamento dos editais específicos para empresas e condições locais. Pelas concorrências abertas, onde, mesmo depois de todos os tramites executados, vossa excelência ainda visitava inesperadamente o canteiro de obras para, in loco, certificar-se de que o serviço estava sendo entregue conforme o combinado, como por exemplo o caso em que, de picareta em mãos, furava o asfalto, recém aplicado, para conferir se a espessura da lama estava de acordo ao contratado e então com picaretas e lama conferida retornava à governadoria convencido de que tudo estava conforme o combinado. É lógico que analisar item por item ficaria muito difícil assim como as distâncias. Imagine visitar uma rodovia lá no estremo Oeste.
Por sua fiscalização nos serviços prestados ao contribuinte, principalmente nos postos de saúde, onde, naquela madrugada, o médico plantonista não estava lá (como no dia em que a terra parou do Raul), você esbravejou aos quatro cantos o inadmissível comportamento destes profissionais, seus colaboradores de jaleco branco que lhe deram um Conselho e você resolveu ir fazer outra coisa.
Nas escolas onde os estudantes receberam, de graça, os “kits” escolares. No incentivo a pesquisa da biodiversidade local inclusive trazendo (quase) todos os peixes do Pantanal para a capital com a promessa de casa própria, mas o minha casa deu água e inacreditavelmente os peixinhos morreram. Pela expansão da Universidade, gratidão dupla. Além de todos estes seus esforços, caberia aos cidadãos não esquecer de colocar o lixo na rua, que não seria pouco, e daí a sua preocupação redobrada com todo aquele anontoado de lixo.
Pela magia de se fazer presente sem ser notado. Pela forma de se cercar de aliados e instituir: “Quem está fora não entra, quem está dentro não” até o dia em que a barreira de contenção se rompeu e foi lama para tudo que é lado. Seus antigos aliados, acuados, numa prova de fidelidade nem tocam em seu nome.
Sua maneira de prever o sufrágio eleitoral em detrimento ao sigilo, onde não lhe cabia infidelidade por isso os nomes eleitos serem conhecidos com antecedência.
Pela não ostentação que os dividendos de uma vida entregue à vigilância ao erário público lhe proporcionou, a uma vida pública singela, humilde, modesta e privada cheia de realizações. Por tudo isso lhe somos gratos e lhe garantimos: Se for candidato a síndico de nosso prédio ou a presidente de nosso clube pode contar com o nosso voto, declarado.
Sem mais, seus eleitores!
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