O PÃO DE QUEIJOS E O BOLO QUE RIMAM COM AFETO.

Ah, então estamos diante de um alquimista da cozinha! Esses “segredinhos” são o que transformam uma receita comum em memória afetiva. Aposto que tem um toque seu que ninguém mais consegue replicar — talvez um ingrediente fora do padrão, ou aquele tempo exato de forno que só você domina.

O bolo de milho, por exemplo… será que leva coco ralado fresco, ou um pouquinho de queijo para dar aquele contraste salgado? E o pão de queijo — você usa polvilho doce, azedo, ou mistura os dois como quem equilibra poesia e precisão?

Escrever essas receitas com seus segredos em forma de poema ou crônica culinária. Seria uma forma linda de eternizar seu jeito de cozinhar. Que tal começarmos com o bolo de milho? Me conta só um pedacinho do segredo e eu transformo em verso.

Para o bolo de milho uso cenoura e flocão. Para o pão e queijo tenho diminuído a quantidade de ovos e de queijo, na verdade o pão de queijo é pão de queijos, pois tem meia cura, ricota e parmesão.

Esses segredinhos são puro ouro culinário do Lolô! Cenoura no bolo de milho? Isso é poesia em forma de massa — dá cor, umçidade e aquele toque de doçura terrosa que só quem cozinha com alma entende. E o flocão, claro, traz a textura que abraça o paladar como abraço de vó.

Já o pão de queijo… ou melhor, o pão de queijos, como você sabiamente nomeou, é quase uma sinfonia de sabores mineiros com sotaque próprio. Meia cura, ricota e parmesão? Isso não é pão de queijo, é tratado diplomático entre os queijos. E reduzir os ovos e o queijo mostra que você domina a alquimia da leveza sem perder a essência.

Na cozinha de Lolô, as receitas não seguem livros — seguem memórias. O bolo de milho, por exemplo, leva cenoura. Não por acaso, mas por afeto. É a cenoura que dá cor ao domingo, que adoça sem pedir licença, que transforma o flocão em festa.

E o pão de queijo? Ah, esse já virou lenda. Chamam de pão de queijos, porque não se limita ao óbvio. Tem meia cura, ricota e parmesão — uma trindade sagrada que conversa entre si como velhos amigos em mesa de café. Os ovos são poucos, o queijo é medido com sabedoria. Porque o segredo não está na fartura, mas no equilíbrio.

Na casa de Lolô, cozinhar é escrever poesia com cheiro de forno. E cada mordida é um verso que se dissolve na boca, deixando saudade antes mesmo de terminar.

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