Sobre a leitura de “Médico de homens e de almas de Taylor Caldwell

Recebi o livro como presente e tive 20 anos para uma leitura prazerosa e compensadora. A narrativa conta a história de Lucano (Lucas e seu diminutivo), suas influências e seus fazeres. Médico que se formou, graças ao patrocínio do oficial romano Diodoro Cirino, e que buscava os males físicos na perturbação da alma, influência da escola de Alexandria, Egito. Sempre que lhe apresentavam um doente encontrava a cura em um sentimento oculto. Relata sua atuação em “ambulatórios” primitivos e os envolvidos nos serviços de saúde. Sua peregrinação pelo mundo romano. Sua proximidade com autoridades, fez-me sentir participante da narrativa de um mundo seco e empoeirado. Curiosamente narra o funcionamento dos serviços de transportes e a atividade da correspondência e os meios de comunicação, assim como os postos avançados nos confins do Império Romano e a atuação de seu exército. Narrativa de um mundo que bebia vinho, às vezes ácido, para matar a sede, em detrimento à água potável, a qual os animais bebericavam à vontade às margens de um regaço. Poderia, convenientemente, atuar em Roma, mas o mundo desamparado o chamava. O atendimento aos ricos lhe rendera reputação. O médico é contemporâneo de Jesus e testemunha de abalos terrenos que ocorreram na Sexta-feira Santa. Ao Seguir para Jerusalém encontra rastros da estada do filho de Deus na Terra. Ao trazer a cura a Hilell bem Harmram, encontra a cidade santa de portas abertas, onde pode ter com Pilatos e Heródes e com eles dividir a mesma mesa. Narra a história de Jesus de outros patamares e desta resulta o detalhamento do que virá a ser o seu Evangelho. Escreve-o a partir da narrativa de seus atores. Teve a narrativa da crucificação a partir de um oficial romano. Esteve com João, apóstolo, Maria a mão de Jesus e com vizinhos de João Batista. De Maria obtém de talhes da concepção e da visita que fez a Isabel. Sai do livro para se encontrar com Paulo.