AOS ESPECIAIS
Quando a psicologia entra na educação ela se torna especial. Assim fez aquela psicóloga com uma coisa ainda não pensada, ou se já pensada o manual andou bem até a página três, e ponto, daí para frente sugiram as adaptações e algumas páginas em branco. Ela enfrentou resistências às reinvenções ao ato de ensinar. Não se quebra paradigmas sozinha, mas nem por isso abandonou atrincheira. Andou atrás de planos e em todas as portas que bateu procurou por alguém especial, que também abraçasse a causa e que tornasse a educação, especial. Perguntava-se: Se todos podem aprender, conforme apregoado, por que não podemos criar expectativas? Se a escola aceitou a todos, por que não a tornar mais inclusiva? Argumentaram sobre o impossível, e ela começou pelo aceitável. Ao que parece ela precisaria de simpatizantes, não de adversários. Aplicou muita coisa do que aprendeu com cavalos. Estava lá para ouvir, mesmo conhecendo o desfecho da história. Meteu as mãos na massa, e serviu com café no outro dia. Tornou-se referência na disciplina. Teve um adjunto e uma química entre eles. Naquele movimento, acionou o cronômetro e arbitrariamente considerou-o como tempo inicial, então aquele tempo menor que zero encontrou um momento anterior ao acontecimento e, entre eles, um grande referencial foi descoberto. Graficamente falando suas trajetórias passaram a ser paralelas em movimentos acelerados e sem repouso. E então quando se viu já eram seis horas da primavera, segundo alerta do Quintana. Ao partir para trajetórias diferentes, ficou torcendo pelo crescimento, mas nem todos. Ao companheiro que fica, deixa-o adjetivando com quatro qualidades natas: de formação, da arte, da capacidade e da empatia, além da latinha de creme nívea estrategicamente deixada sobre a mesa de trabalho e o lembrete anotado no “postiche” amarelo, grudado na tela: PEIs.