TELEFONAR É PRECISO

Depois de muito adiar, sentei-me na rede da varanda e disparei chamar uns contatos pelo celular. Falei com Antônia e depois com Tia Alzira. Fiz votos de feliz Natal, atrasado, e de bom Ano Novo.

Fiz a primeira ligação para a Antônia, depois de reencontrá-la. Fez dezoito anos que minha mãe faleceu e foi a última vez que havia me encontrado com ela. Ela tinha vindo para o velório. Naquela ocasião, eu cheguei a levá-la até sua Casa no Zé Pereira. Ela é quase minha vizinha, mas devido a outros “compromissos” fui deixando para depois e nunca mais falei com ela.

Antônia morou em minha casa quando eu era bem pequenininho. Ela ficou por lá até um pouco depois que minha irmã nasceu. Minha irmã já tem cinquenta e dois. Alguns dias antes havia encontrado com o filho dela lá no Comper da Tamandaré. Disse a ele que me lembrava do nome da rua, mas não lembrava do número da casa e ele prontamente me disse que era 190, no número da polícia, assim eu nunca mais esqueceria, e não deu outra, um bom tempo depois deste encontro, fui bater palma no portão lá no Zé Pereira. Naquele dia conversamos bastante. Tomei nota do seu celular e fiquei de ligar para continuar a nossa conversa. Os assuntos nem sempre nos importa, o que importa é aproveitar o momento, principalmente neste tempo de pandeia, quando com muitos não tivemos a mesma oportunidade.

Com a tia Alzira eu tenho tido mais contato, isso em relação à Antônia. Às vezes trocamos “Whats”, mas de vez em quando devemos ouvir a voz das pessoas. Naquele dia aproveitamos o horário e conversamos para valer. Ela como sempre, me conta sobre seu estado de saúde, de suas visitar aos médicos e desta vez sobre suas psicoterapias. Ela só não me contou sobre os laudos dos “psiquiatras”. Ela gosta de contar sobre suas histórias e de suas irreverências. Contou-me que ela e a Luciene amiga de longa data, foram as duas primeiras mulheres motoqueiras de Campo Grande e por isso foram rotuladas de tudo que era nome, principalmente de biscate. Ela também me contou um pouco da história da Luciene e de suas perdas, que balançaram a estrutura psicológica dela. Minha tia sempre esteve ao seu lado e sempre a aconselhou, dando força para superar estas dificuldades.

Nestas conversas eu sou categórico em afirmar, pouco interessa o assunto o que mais vale é aproveitar a oportunidade.

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