Acordar cedo num sábado é para poucos — pelo menos, para os da minha estirpe. Mas hoje havia um bom motivo: a Missão. Tudo começou com a missa e, logo depois, o café compartilhado. Contribuí com o consumo — e, em parte, com o serviço: servi refrigerante. Havia bolo de cenoura com cobertura de chocolate e o café forte, do Caboclo Forte.
Enquanto a chuva não dava trégua, veio a pregação do reverendo Nathan, com orientações sobre o serviço missionário. As instruções eram claras: ao chegar, dizer “A paz esteja nesta casa!”; ao entrar, tirar as sandálias e lembrar que se vai para ouvir, não para falar. E, por fim, aceitar com gratidão o que for servido — comer e beber do que houver.
Quando o céu enfim se abriu, partimos em grupos. A trégua durou pouco: logo uma nova manga de chuva nos alcançou. Ainda assim, fizemos uma visita recompensadora, a alguém que já nos esperava. Na volta, mais chuva — e, lavados por ela, regressamos para casa com a sensação de missão cumprida.