A poesia pediu passagem
Buscava a saldável maneira devida
Ia ao mar buscar náufragos
E chegar ao limite dos pés firmes no chão
Acordava o sol no privilégio dos raios primeiros
Estavam frios
A poesia andou no silêncio
Escondida de poucos
Que ouviram falar
Encontrou as feras e delas se feriu
Perdeu braços, ouvidos e voz
Mas ainda abraços
Quis correr caminhando sozinha
E o que não se fez foi achar perigoso
Trânsito fraco ante força indomável
A poesia encontrou seus instintos
Que não são de atacar e quem dera não fosse
A tacada.
(Visited 15 times, 1 visits today)