Uma camiseta de R$150,00.

O menino queria praticar outro esporte. Queria jogar basquete. Fazia natação por recomendação, e imposição, médica, mas era uma briga quando chegava a hora de ir para o Aquasaúde. Ia como se diz, arrastado.

Por causa da escoliose ele tem de fazer umas atividades para fortalecer a coluna. O RPG com a Dra. Solange era outro suplicio, mas deixa para lá, isso é uma outra história.

Quando resolvemos mudar de médico e de fisioterapeuta, a mudança foi de 180º. Por recomendação médica ele poderia fazer o que quisesse. De uma coisa ele sabia: queria jogar basquete.

Fizemos a matrícula no Dom Bosco. La foi ele com seu tênis batido, seus trajes esportivos surrados. Lembro-me de irmos ao shopping para comprarmos calções, camisetas e meiões.

O tênis continuou com o que tinha. Era o mesmo da escola e o do treino. Fizemos alguns orçamentos na Centauro, mas não tive coragem de encarar.

Um dia, quando fomos à Feira Central, o levei a uma loja de camisetas de times de basquete e outros esportes. Ele chegou ao box e bateu o olho em uma vermelha do Bulls, 23, Jordan. Para que estava acostumado a pagar “trintinha” nem me importei em pagar três vezes mais. Ele saiu com ela vestida e acho que a tirou depois de uma semana.

Outras camisetas vieram.

O tênis ele foi irredutível. Viu um na Internet por R$600,00. Importado da China. Eu só o perguntei: que mais? E apertei os botões do APP. Tudo em 12 vezes.

Veio a pandemia, e a mercadoria, que viria da China, chegaria depois de quarenta dias. Paciência. Para piorar, as atividades no basquete, agora realizadas no Sesc, foram suspensas.

A mercadoria chegou, já até pagamos. Ele está aguardando o momento de estrear o tênis novo.

Ele já me pediu outras coisas. Eu agora procuro atendê-lo, dentro das possibilidades, o mais rápido possível. O amanhã é o que estamos vivenciando.