Afastando dos sonhos

Afastando dos sonhos.

Eu já havia saído de casa e naquele dia, acho que reuniria todas as possibilidades de encontrar um sonho. Isso às vezes independe de nossa vontade, mas tudo conspirava a favor. O sonho poderia estará margem de onde precisaria diminuir meu ritmo.

Percebi um novo sinal e caminhos livres com alguns contornos. Encontrei obstáculos pelo caminho. Pessoas que no meu destino me obrigaram a mudar de faixa e, contrariamente ao programado, acelerar para não me tornar empecilho a outros que pela mesma via passavam. Procurei o melhor momento para desacelerar e por que não dizer, parar. A hora e o local às vezes não são propícios e quando me dei conta, não poderia ter o sonho tão desejado. Ele havia ficado para trás, trancado em uma vidraça.

Fui levado a repensar a rota, mas vi que não conseguiria recuar nem retornar. Deveria seguir até onde um voo pudesse me levar mais alto. Se resolvesse retornar estaria disposto enfrentar as agruras de um atraso. Foi por uma vontade quase incontrolável que resolvi voltar às origens e encontrar os mesmos obstáculos e sinais que já havia visto em outros momentos.

Havia me preparado, como disse, e desejava ter um sonho. Sabia o preço que pagaria por ele. Quando pude parar em busca de um diálogo com alguém que me alcançaria, este me perguntou:

Tem trocado?

Trocadinho!

De creme ou com goiabada?
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