Meu compadre Sérgio

Meu compadre Sérgio

Recebi a notícia de que o compadre Sérgio havia sofrido um AVC e estava no hospital em estado grave. A poucos dias tive o último contato com ele. Chame-o para tomar umas no meu aniversário, lá no Bar do Japonês, mas, como ele estaria longe, agradeceu.

No dia do seu aniversário,15/06, fui almoçar com ele, na casa da Lúcia, sua irmã, lá na Carvalho. Comemos um carneiro assado, além das latinhas de Skol.

Ele está separado da comadre. Anda batendo cabeça de um lado para outro. Mora na frente da igreja do Recanto, mas passa mais tempo na Carvalho. Esta sem emprego, mas não desamparado. Passou uns tempos judiando da saúde, mas agora me garantiu que está limpo, disse-me no dia do aniversário da Camila.

Temos a mesma idade. Nos apresentamos juntos no quartel da PE. Ele serviu, eu fui dispensado. Depois de quinze anos nos reencontramos. Ele namorado e depois marido da cunhada. Eles desde sempre viviam quebrando o pau. Fora disso ele sempre esteve de boa nos encontros familiares. Tiveram três filhos. Sou padrinho do Sergio Filho. Eles se conheceram na política. A comadre continua na ativa, ele não quis saber de partido.

No dia do AVC ele discutiu com a irmã, passou mal e teve que ser levado ao hospital. Ninguém é de ferro. Ele me confidenciou que “batia uma todo dia”, ufa! Que fôlego, dizia eu invejando-o. A muito não sei o que vem a ser isso. O corpo cobraria os excessos.

Ele descobriu no “Face” uma espécie de Tinder. Se gabava dos contatos, inclusive me mostrava as imagens deles.

O compadre sempre foi afoito no tocante a pegação e atacava a mulherada. Quando mais jovem, quando tinha uma moto, todo dia fazia uma “via sacra”, nunca deixou de visitar nenhuma. Terminava a noitada no Cherry da Costa e Silva. Os tempos mudaram e remanescente só os “gorós”.

Aguardamos seu restabelecimento. Ainda temos muita cerveja para tomar e muita praia para mijar sentado na cadeira, só para molhar a areia.

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