Hoje primeiro de março de 2019
A sexta-feira amanheceu nublada. A noite anterior estive sob efeito de um laxante. Depois do expediente, iria fazer um procedimento para coleta de tecido da próstata para uma biópsia lá no Sonimed.
Estive preocupado com os preparativos para a realização do procedimento, achei que o laxante não tinha feito o efeito desejado. Lembrei-me de ligar para o Sonimed para relatar a preocupação, mas as atividades no Colégio me envolveram que, na preocupação de não ser surpreendido com uma incontrolada vontade de evacuar, durante as aulas, acabei me esquecendo. Depois no Sonimed, logo que cheguei relatei à atendente, mas fui tranquilizado. O Bisabolol age na porção terminal do intestino, basicamente o esvaziamento se dá no reto.
Na véspera havia começado os preparativos. Além de tomar o laxante, fui a uma consulta na Servan. Levei todos os exames e autorizações solicitados e passei por entrevista. Vinte e quatro horas antes do procedimento comecei tomar antibiótico e a partir das seis horas da manhã iniciei o jejum pré-procedimento.
Sai do Colégio ao meio-dia. Fui buscar as crianças no Sesc e levei-os à casa da Dona Dina. Ali eles ficariam enquanto eu e a patroa nos encaminhávamos ao Sonimed.
Chegamos no horário marcado, com vinte minutos de antecedência. Depois de protocolar minha presença, aguardei alguns instantes e logo fui chamado.
Adentrando à sala onde aconteceria o procedimento encontrei-me com a equipe: a anestesiologista e suas auxiliares. O procedimento seria executado sob sedação. A anestesiologista iniciou o procedimento e me avisou que eu ficaria relaxado, mas acho que apaguei. Transcorrido um tempo, que não sei precisar, fui acordado e meio sonolento fui levado, em cadeira de rodas, à uma sala de repouso. Além da dor, incômoda, sentia sede.
Para a coleta do material da minha próstata foi utilizado ultrassom via retal, daí o incômodo, que perdurou pela noite toda e foi diminuindo conforme o tempo foi passando. Reclamei da dor intensa e recebi uma dose de dipirona na veia.
Na sala de repouso, depois de mim, chegaram mais dois pacientes. Dois senhores com mais idade que eu, que, aparentemente, não apresentavam nenhum incômodo. A seguir veio o doutor que executou o procedimento. Me disse que a dor era oriunda do procedimento e que sangue apareceria na urina, nas fezes e no sêmen. Perguntou-me se já tinha tomado água ou chá e se tinha comido umas bolachinhas. Estas últimas palavras me trouxeram alívio, pois no jejum, havia recomendação de não tomar água, a não ser a usada para tomar o antibiótico.
Os dois outros pacientes receberam alta e logo se retiraram, eu ainda resistia pois ainda não me sentia bem, inclusive em uma tentativa, tive que retornar do corredor para a cama de repouso, mas logo me recompus e me encaminhei para o carro.
A patroa foi minha acompanhante e a ela entregaram o material para que levasse ao LAC, que fica em frente da Santa Casa, para executarem a análise. Depois ela relatou que no LAC ficaram surpresos pois ainda não sabiam que o Sonimed tinha voltado a realizar a coleta. Este procedimento acontece toda sexta-feira com três pacientes. No protocolo do LAC, o resultado estaria pronto em dez dias. Quando estiver pronto levarei ao doutor Juliano para tomadas de decisões.
Tive que realizar esta biópsia por que meu PSA subiu de 3,5 para 5,8 em um ano, apesar do ultrassom da bexiga e da próstata estarem dentro do aceitável. Pouco comentei sobre esta eventualidade em meu estado de saúde. No momento ainda foi apenas um procedimento.
Chegando em casa, depois de suportar os solavancos do trajeto, não pensava em outra coisa se não me deitar. Depois do banho, a patroa me serviu uma revigorante sopinha de macarrão e legumes. Minha preocupação era com as necessidades fisiológicas: haveria (mais) dor? A última coisa que vi na TV foi o início do desfile das escolas de samba de São Paulo. Levantei-me na madrugada e consegui urinar sem problemas. Acho que estava melhorando.
(Visited 42 times, 1 visits today)