Quinze de janeiro, guarde está data
Terça-feira, casa vazia, cama espaçosa, isso me dá uma vontade de ficar mais um pouco, mas, acho que estou dependente. O cafezinho me chama. Hoje terei que ir ao cardiologista. Agendei faz dias. Quem me lembra é o visor do celular. Iremos também ao Aqua Saúde junto com o Miguel. Ele retorna às atividades da natação. Esta atividade foi a que restou para um menino com escoliose.
Se tem uma coisa que eu gosto é de incensar a casa com café fresquinho, bem antes do dia clarear. O que faço em casa é o “das antigas”, com coador e água quente na chaleira, só faltou o fogão à lenha.
Tem que comprar peixe! Me lembrou a patroa, antes de se levantar e saborear uma xícara de café. Vamos aproveitar e comprar porco, completei a ideia inicial da patroa. Ontem estive no “Dona Jandira” mas não encontrei os cortes que a Dona Dina sempre compra. A seguir, depois de completar a ração dos nossos gatos e cachorros, me aprontei para irmos ao Mercadão. No mercadão, suprimos a deficiência de nosso freezer e trouxemos o trivial. Para o porco nós fomos à Casa do Porco. Vamos experimentar a “isca da casa”, a linguiça suína.
A seguir, como tenho atividade paralela de artesão, fomos comprar tinta spray. Desta vez repus o “ouro velho” e trouxe também a cor cobre. Estou me aprimorando na técnica com sucata e madeira de demolição. Ainda vai demorar um pouco até sair alguma coisa boa.
Na sala de espera do consultório do dr. Marck encontro o Paulo, conhecido dos tempos de Simprofar, o sindicato dos proprietários de farmácia, eu acho que já faz uns vinte anos, que não tenho mais farmácia. Outro que encontrei ou melhor, ele me reconheceu, foi o Ricardo, filho do Pedrinho joalheiro, que tinha uma oficina ao lado da farmácia em que eu trabalhei por quase vinte anos. Ele era freguês de Engov. Toda a família era cliente da farmácia. Perguntei do Pedrinho, da dona Márcia, da Marilza, da Marlene. Ele, o Ricardo, me disse que o Pedrinho faleceu em dois mil e quinze, que os demais estavam todos bem, inclusive, alguns, morando no mesmo local, na travessa Continental. Que boa sensação senti ao reencontra-lo.
Quando chegou a minha vez, convidei o Miguel, que estava comigo desde que saiu da seção de RPG, para entrarmos juntos. Apresentei-o ao dr. Mark. Taí doutor, acho que quando comecei a me consultar com o senhor ele ainda não era nascido, disse-lhe todo orgulhoso. O tempo passa… e então, o que temos para hoje? Trouxe uns exames. Esteira… ok! Rx do tórax, sem novidades! Exame de fezes, normal! exame de sangue… colesterol, triglicérides… PSA… PSA… nossa tá alterado, hein! Da minha parte está tudo bem, mas aproveita e dá uma consultada com o dr. Juliano. Juliano é o meu urologista.
Dona Renata, a secretária, já foi me antecipando que a agenda estava lotada e que daria para arrumar um encaixe, mas na quinta depois das dezoito! Por mim tudo bem, se pudesse ser hoje, melhor, mas se não, agenda então na quinta, disse-lhe com um ar de rogado. Acho que dona Renata se atentou e me ajudou, facilitando minha vida arrumando um horário naquela terça mesmo.
Doutor Juliano, depois dos lava pés, foi me dando uma dura: o senhor está sumido, hein! Esteve aqui no final de dois mil e dezessete. O que aconteceu? Acho que me distrai com as datas, doutor. Enquanto me desculpava, fui passando a papelada com os exames. Ele foi folheando até chegar no PSA, e por ali parou. Está alto, hein! O senhor fez outro no meio do ano mas não me trouxe e ele já estava alterado. Vamos medicar e fazer uns exames. Toma estes medicamentos e com trinta dias refaça os exames, além de um ultrassom. Vamos ver o que acontece, conforme for, faremos uma biópsia. Nada de álcool até lá.
Senti-me balançado pelo meu estado. Me sinto bem, mas não era isso que os exames estavam indicando. Passei um “Whats” para a patroa, para adiantar o expediente.
O dia ainda teria mais coisas, como levar o Miguel ao Aqua Saúde. Eu me encarrego de atendê-lo e a patroa atende a Laura, lá no “Pé de pato”. Como eles estão retornando algumas decisões teriam que ser tomadas. O novo horário da Laura ficou para as dezoito e trinta. As mensalidades do Miguel foram colocadas em dia. Nos demoramos nas consultas e não chegamos a tempo da aula no “Aqua”, mas, como sempre faço quando o deixa na natação, não deixei de ir à casa da Rosangêla, minha cunhada. Lá encontrei meu sobrinho Guilherme, onde passei um tempo. Falamos sobre um confisco da Sétima Vara Federal. Ele é advogado.
01/2019
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