JUNTI-SE A NÓS!

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Era dezembro e que mistério seria aquele da visita de uma prima? Outros aconteceriam durante as semanas daquele mês, e seriam celebrados conforme a crença de cada um. Ela aproveitou a visita para recorda-se do tempo em que outros mistérios eram celebrados com a família reunida, onde bastava um suplicar por “perdoar as nossas dívidas” para que todos caíssem nas graças. Reuniam-se em momentos de aflição, conforme costume. Recordava-se também dos dias, sem mistério, em que iam ao encontro e adoravam com presentes. Relembrou outros mistérios que rondaram a família, como o de outra que já existia antes dela, em anos Dourados e em Rios de Brilhantes. Para completar o mistério, nada de doloroso, pois naqueles dias ela esperaria somente os da alegria e os da luz. Era uma sexta e a liturgia recomendava um doloroso calvário e uma cruz pesada, mas foi o da alegria o escolhido, por se tratar do nascimento de um menino. Quis a obra do acaso que ele nunca estivesse perdido, mas fora encontrado. Anônimo até a chegada de sua hora, no momento oportuno, em que já adulto, um milagre a transformou. Fizeram o que determinava a lei, e deste modo ficou comprovado que ele era o verdadeiro filho. O que mais esperaria ela desta vida? Que outros mistérios ainda viriam? Do encontro que teve com o filho do filho, reconheceu que seus traços sempre fizeram parte do semblante dele e agora, em cada Natal ele virá se juntar aos seus.
12/2018
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1 Comentário

  1. Unknown 28/12/2018 em 6:45 am

    Amei o texto. Não poderia ser diferente, pois realmente, vem de um grande poeta. Obrigada pela atenção e carinho.

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