A faca e o queijo
Aloízio de Oliveira
Se a situação precisa de uma solução, obter resultados de melhoria, é o que se espera, só que a precisa melhoria não espera. A população procura e ao surgir a oportunidade, avalia a viabilidade, mas ninguém valoriza o que procura. Dispor de instrumentos e achar a melhor forma de utiliza-los são reservados a quem possui a técnica como metodologia, a parcimônia como limite e a lucidez como altruísmo. Ter a faca e o queijo nas mãos já foi sinônimo de oportunidade para resolver um assunto, o problema está nas mãos de quem os possuem. Dependendo da ocasião o somatório destes fatores tendem a situações favoráveis e os favoráveis fatores nem sempre se somam, dependem. Muitos acham que qualquer solução é a melhor, mas achar qualquer um acha e às vezes se perde. O problema do imediatismo é a efemeridade, e doze milhões de pessoas deixariam de ser efêmeros se imediatamente estivessem sem problemas. Saber que os custos alteram e afetam o fechamento das contas é o mesmo que fechar os custos e alterar os afetos. Se ainda acham que pode piorar, pioram, pois é o que lhe parece que seja. Enfim, nada como uma crise atrás de outra e da atual nada de fim. Esperamos a vinda de um salvador da pátria que inclusive já salvou a sua. Governos que no limite buscam encontram uma saída para a crise se impõem, e refugiados, no limite, encontram nas fronteiras, a saída. Existe um momento adequado, o agora, se o eleitor, desta vez, com a faca e o queijo nas mãos resolveu usa-la, vai à urna eletrônica e confirma.
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