11 de setembro
Aloízio de Oliveira
A data tem a sua importância para ser lembrada, só não há muito para se comemorar. O parâmetro de uma civilização que pede socorro. Chama-se a atenção para importância da destruição e por este monumento o mundo pede, neste ato a preservação da memória. Ter neste dia a oportunidade de avaliar nossas atitudes sobre quem, por nossos atos diretos ou indiretos, afetamos, é o ponto de partida para reconsiderações necessárias e os recuos de nossa agressividade. Já era possível se prever uma catástrofe, bem antes do contra-ataque, e sem demora ele aparece. As implicações do contato provocado entre as diversas populações, e os predomínios oriundos das atividades comerciais e o não reconhecimento das culturas nativas resultam em desequilíbrios e desacordos. As consequências desta ingerência, que marcam os debates sobre o dia, aparecem no preço pago pela intromissão da prepotente falta de respeito para com os povos em seus territórios. Comunidades longínquas dos centros de decisões, são de grande importância, pois são elas que conservam a humanidade nativa. Sendo habitantes de uma região influenciada por estas ações, temos o dever de ao olhar o ambiente e reconhecer sua importância. Não é apenas um marco destruído, são regiões dependentes afetadas. Apesar da imponência, a fragilidade foi exaltada. Nesta data, o cenário dispõe de exuberantes áreas a seres estudadas para outras descobertas, e elaboração de propostas para entendimento do que ocorreu e do que ocorrerá em um futuro próximo. Onze de setembro é, atualmente, o dia do Cerrado com “C”, futuramente com “S”. Bioma ameaçado, é o berço de bacias hidrográficas importantes e, abriga ainda, os três maiores aquíferos que abastecem o Brasil e países vizinhos: Guarani, Bambuí, Urucuia e o “prás cucuias”.
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