Volta ao Sacolão da Júlio
Em um sábado normal, as atividades acontecem mais tarde, em tempos de quarentena, mais tarde ainda.
Requentei um debate no Zap da família. Uma das tias achava que este movimento de pandemia era coisa para “derru Bar” o Bolsonaro. Alguém concordou com a tia. Eu devia ficar quieto, na minha, tem debates que são mais eficazes no silêncio. Quis ser irônico, mas a ironia embarcou no “Planalto / Santa Carmélia” e apeou no último ponto do Santa Carmélia, acabando de chegar à pés na UEMS. Passou longe. Um parente reclamou que se ele não corresse atrás ninguém correria por ele, por isso não estava de quarentena. Vou colaborar com ele: ficarei em casa, assim nos distanciamos socialmente. É o que podemos, se podemos, fazer por quem precisa não ficar em quarentena, como os médicos e enfermeiros.
A concunhada postou um Zap na família perguntando se alguém poderia levar o sobrinho ao dentista, no centro da cidade às 9h:15min. Faltava só quinze. Como já estava a postos. Já havia tomado o cafezinho, me prontifiquei. Chegaríamos um pouco atrasado, mas iríamos. No centro, perguntei do tempo de atendimento, e o Luís respondeu que uns vinte minutos. Enquanto esperava, iria ao Alemão, mas ao me aproximar vi que a fila estava longa. Contornei a Quinze pela rua do padre e dobrei a Sete. Aproveitei para passar na Casa do Atleta e comprar duas sapatilhas para Pilates, para o Miguel.
Logo a seguir, o Luís me ligou dizendo que estava na esquina da Catorze com a Afonso Pena. Na volta passamos na Drogasil. Tinha uma listinha para comprar. Depois que o deixei em sua casa, passei no Brumata. Precisava comprar cebola para preparar o frango do almoço.
Sendo sábado, à tarde, iria ao Sacolão da Júlio. Posterguei a ida deste sábado passado. No almoço daquele dia tomei umas as mais e, sob o balanço da rede, dormi até perto das cinco. Poderia ir no domingo, mas perdemos a hora, como sempre, e achamos por bem ir por lá a partir da terça-feira, dia em que ocorre a reposição das mercadorias. Acho que passou terça e como sexta seria feriado, fiquei de ir antes de quinta, por causa da véspera do Primeiro de maio. As frutas e legumes estavam se acabando a ponto de a Laura reclamar que a geladeira e a fruteira estavam vazias.
Tive sorte ao chegar no estabelecimento às quinze em ponto. O movimento estava tão bom que os funcionários estavam mudando prateleiras do lugar. Quem estava na entrada era o “Próximo”. Ele orientava os clientes indicando a saída. Estava “puto da vida” com alguns deles tentando sair pela entrada: É cada um que me aparece! Outro dia o cliente me perguntou se o abacaxi era doce! Tá escrito aqui? Perguntava como resposta. O Próximo não poderia fazer o teste de doçura. Se estiver doce ou azedo o seu semblante não indicaria muita diferença (rsrsrs). Trouxe tudo o que tinha listado, menos a banana prata que estava muito madura, e a laranja, que pulei na hora da leitura da lista. Não esqueci de passar na Jeito Frio e comprar seis picolés de fruta de cada sabor.
Havia programado passear com os cachorros, pelas ruas do bairro. Separei as coleiras, as correntes, também disse que faria caixotes para os canteiros da horta urbana da Laura. Ela teve uma tarefa que convidava para fazer uma. Fiz o caixote! Enquanto a patroa fazia Esteira rezamos o terço. O frango do almoço sobrou para uma sopa.
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