PROSTITUINDO-SE – Aloízio
No começo foi aquilo mesmo, como sempre.
Um pouco de convivência, afinidade, interesse, necessidade.
Estaria ali por algum tempo, depois, buscaria algo melhor.
Mas o tempo passa e o desdém merece esquecimento.
Teria capacidades mas, acomodou-se.
Nestes anos todos, altos e baixos sempre presentes.
Nos baixos, como nos rasos, arriscar-se-ia a saltar e mergulhar. Arriscar-se-ia.
Nos altos, valia-se da segurança.
Trabalho, segurança, prazer.
Trabalho? Segurança? Prazer?
Seria a ultima vez (ano), mas se alguém lhe oferecia algo em troca, permanecia.
Era tudo tão fácil e automático.
Fazia o básico, receberia por aquilo.
Não ousava, o preço era o mesmo.
Tirava dali o sustento.
(sobre)Vivia.
Fazia feliz, vendo a felicidade dos seus.
Aguardava-lhes uma vida melhor, mesmo naquilo.
Haveria prazer no que faz se quem pagasse sentisse.
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