FAMÍLIA OLIVEIRA E SEUS SABORES

FAMÍLIA OLIVEIRA E SEUS SABORES
Oliver Alóis
Buscar um tema, para tornar assunto de uma roda pode ser trabalhoso e então parte-se para os assuntos triviais, como as condições do tempo, a carestia, o time no campeonato… até que entra em cena a culinária. Os sabores inigualáveis, os toques “de chef”, os ingredientes e, quando se vê, ninguém ficou de fora, alguns até quiseram ou tentaram participar, mas se a todos for dada oportunidade, este almoço de sábado vai terminar no café da manhã de segunda.
Este fragmento de ocasião, é marcante em uma reunião. Se o motivo for festivo e os integrantes pertencerem a uma família, possivelmente estarão molhando palavras. Inclusive poderiam até falar sobre bebidas, mas creio que o tema cairia numa monotonia.
Quando se tem oportunidade, a reunião acontece e a conversa flui, se tornando palavras soltas. A diversidade dos temas, a exceção dos proibidos, acho que nunca foi problema para uma Família. Falo agora especificamente dos Oliveiras, da vertente genealógica Guiomar de Oliveira. Por mais que fujamos do assunto o tema será sempre comida. Convide alguém para uma visita e convide alguém para um almoço. No segundo caso pode não parecer, mas será quase uma intimação. “Vou fazer um churrasco!”, pois trate de arrumar mais mesas e cadeiras que também algum bem-vindo agregado virá.
O tema “comida” nos remete a debates sobre as boas práticas alimentares e seus benefícios. Creio que o assunto já foi exaustivamente tratado em outros meios, no nosso caso o conflito sabor e qualidade ficará restrito a sabor. Grande parte da família teve como base econômica o segmento alimentação que orgulhosamente mencionavam a quem lhes perguntava se aquilo dava dinheiro: “daqui saíram diplomas”. Seus integrantes sempre tiveram suas peculiaridades. Por onde andará o Tutu de feijão e a macarronada da Tia Adelaide? A pizza de sardinha e o pudim de pão da Tia Adélia? O feijão com farinha de mandioca da Vó Guimar? O Churrasco de domingo do Tio Batuta? E o arroz branco da Tia Aloína? Ficaram num passado não muito distante, presos na minha memória olfativa. Creio ser muito maior a diversidades de sabores. Falo de minhas experiências. Lembro-me da primeira vez que comi Bobo de galinha, em um almoço beneficente no salão do Paulo VI, aquilo tinha sido feito para deuses. Outro sabor inigualável, e memorável, que também serviriam aos deuses foi lasanha, em um daqueles almoços de domingo na casa da Vó. Quero crer que existem outras particularidades nos pratos postos à mesa na casa de cada parente que merecem ser relatados.
Tia Marina lançou o projeto para editarmos um livro no qual os detentores destas memórias comensais pudessem, através de seus relatos, ali reuni-los. Eu aceitei prontamente e esperamos a participação de todos.
Mãos à obra!
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